sábado, 19 de novembro de 2011

Expedição vai estudar montes marinhos e comunidades que vivem lá


Cientistas vão iniciar uma missão de seis semanas para explorar montanhas submarinas no Oceano Índico, a bordo de um navio de pesquisa britânico, para estudar animais milhares de metros abaixo da superfície.
A missão, liderada pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), é a segunda a visitar a montes submarinos ao longo do Oceano Índico, sendo que a primeira foi em novembro de 2009.
Montes submarinos são montanhas submarinas que se erguem pelo menos 1.000 metros acima do fundo do mar.
Um relatório recente da revista Marine Policy descobriu que arrasto em alto mar é uma das formas mais nocivas de pesca. A expedição vai ajudar os cientistas a compreender melhor as ameaças a este ambiente.
“Por causa de suas interações com as correntes submarinas, a biodiversidade que se desenvolve em torno desses montes submarinos é incrivelmente rica”, explicou Aurelie Spadone, diretora do Programa Marinho da UICN e membro da equipe da missão. “Os montes atraem uma grande diversidade de espécies e são de grande interesse para predadores de profundidade como os tubarões, que muitas vezes se alimentam de comunidades marinhas dos montes”, acrescentou.
A captura de espécies de águas profundas tem aumentado sete vezes desde meados dos anos 1960, conforme a população das águas mais rasas diminuiu e a indústria pesqueira começou a explorar águas profundas.
A pesca industrial em profundidade, que geralmente depende de arrasto do fundo do oceano com enormes redes, tem um enorme impacto sobre os ecossistemas do fundo do mar.
Carl Gustaf Lundin, diretor da Global Marine da IUCN e do Programa Polar, explicou que muito pouco se sabia sobre as espécies associadas aos montes submarinos. “Muitas delas crescem e se reproduzem lentamente, o que as torna particularmente vulneráveis a sobre-exploração”, disse ele.
A pesca no fundo do mar, incluindo a pesca de arrastão, pode danificar os habitats dos montes marinhos e afetar negativamente as populações de peixes. Também pode causar danos irreversíveis a corais de águas frias, esponjas e outros animais.
Os pesquisadores esperam que a nova expedição ajude a entender melhor esta vida marinha única, bem como avaliar as ameaças que ela enfrenta.

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